sábado, 15 de dezembro de 2007

A discórdia no reino de Deus


Valor Econômico - 19/10/2007 - por Marília de Camargo César
Há uma diferença entre os velhos e os novos cientistas e filósofos que defendem uma visão de mundo destituída de Deus: a agressividade. O exemplo máximo desse tom mais virulento, que considera ignorantes e obscuros os que ousam crer no sobrenatural, está em Richard Dawkins, o biólogo autor do best-seller Deus, um delírio (Companhia das Letras). Esta é a opinião de um colega de Dawkins na Universidade de Oxford, o professor de história da teologia Alister McGrath, ex-ateu, doutor em biofísica molecular, pesquisador sênior do Harris Manchester College. Ao lado de Joanna McGrath, professora de psicologia da religião na Universidade de Londres, ele escreveu uma resposta ao livro de Dawkins. Recém-lançado pela Editora Mundo Cristão, O delírio de Dawkins é uma contra-argumentação contundente.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

L´Shana Tovah Umetuka, 5768.



Quando se inicia um novo Rosh Hashaná, transmitimos à comunidade judaica nossa certeza que todos manterão inabaláveis as convicções que herdaram de seus ancestrais. Que a Fé em D'eus e sob sua benção possamos ter um Ano Novo tranqüilo, repleto de amor e especialmente de PAZ.

Que 5768 seja um doce ano novo de paz.




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sábado, 25 de agosto de 2007

Aforismo como antídoto, por Manuel da Costa Pinto.


"O Mundo em uma Frase" permite ver o aforismo como gênero singular dentro da tradição das formas breves
EXISTEM LEITORES ávidos de romances e há quem prefira o extremo oposto, as fórmulas epigramáticas, a concisão das sentenças. Não se trata de profundidade, num caso, ou de preguiça intelectual, no outro. Afinal, cartapácios de 800 páginas podem conter tanto "Ana Karenina" quanto literatura de aeroporto; e se as frases lapidares servem de veículo aos lugares-comuns, também dão forma a um gênero de incontestável nobreza: o aforismo.
É esse o tema de "O Mundo em uma Frase: Uma Breve História do Aforismo", de James Geary. Com uma introdução sintética como convém (e na qual Geary se revela um espirituoso autor de agudezas), o livro é uma seqüência de verbetes em que desfilam os principais cultores das formas breves ao longo dos séculos. O critério de escolha de Geary é complacente e tem o mérito discutível de colocar Lao Tsé, Jesus e Maomé no mesmo balaio de Epicuro e Sêneca, de equiparar as máximas de La Rochefoucauld ao "estilo axiomático" de Wittgenstein. ++++

Autor paga o preço de sua honestidade intelectual


CLÁUDIO ANGELO - EDITOR DE CIÊNCIA
Tive o desprazer de conversar com Richard Dawkins apenas duas vezes na vida. É um sujeito antipático, pedante e de uma intolerância insuportável. Exatamente o oposto da personalidade que se espera encontrar em alguém cuja profissão de (ops!) fé é levar a ciência ao grande público. E que é, goste-se ou não dele, um dos intelectuais mais brilhantes que a seleção natural já produziu.
Talvez essa certeza de superioridade, que transborda nos escritos do biólogo britânico, explique em parte por que Dawkins é tão vilipendiado pelos ditos intelectuais "de esquerda" e "culturalistas", para não falar nos (credo!) pós-modernos. Essa patota não hesita em pichá-lo de darwinista bitolado que não consegue enxergar nada além de genes egoístas tramando a destruição do livre-arbítrio humano.
(....)Ao dar munição à sociobiologia com suas idéias sobre genética, Dawkins também virou alvo. O máximo expoente da "biologia dialética", Richard Lewontin, chegou a deturpar uma passagem de "O Gene Egoísta". Onde Dawkins dizia "eles [os genes] nos criaram, corpo e mente", Lewontin enxertou "eles nos controlam, corpo e mente". Até hoje não se desculpou por isso.
Com "Deus, um Delírio", o zoólogo britânico volta a atrair detratores, de ambas as extremidades do espectro político, de todas as cores e -principalmente- credos. Seu único crime terá sido meter a mão num vespeiro (a religião) para o qual os cientistas têm insistido em dar as costas, enquanto dele esvoaçam sem cessar fanáticos do calibre de Osama Bin Laden e George W. Bush. Dawkins esnoba os críticos. Ele sabe que o "meme" darwinista triunfa, e que a luz já foi lançada sobre o mistério da existência humana.


A ciência contra Deus, por Marcelo Coelho.


Corajoso e furibundo, "Deus, um Delírio", de Richard Dawkins, traz forte argumentação em favor do ateísmo, critica a irracionalidade e diz que religiões são nocivas ao bem-estar humano
No livro, cientista britânico utiliza argumentos evolucionistas e considera a existência de Deus uma grande improbabilidade.
Sacerdotes e cientistas mantiveram, durante um bom tempo, certas normas de convivência pacífica: salvo as exceções mais radicais, um não se metia com os assuntos do outro. Hipocrisia, afirma o biólogo Richard Dawkins no corajoso e furibundo "Deus, um Delírio".
Dawkins inicia sua forte argumentação em favor do ateísmo assinalando que a maior parte dos cientistas, inclusive o físico alemão Albert Einstein (1879-1955), cuidava de fazer vagas profissões de fé deístas apenas para não chocar os espíritos religiosos. Acreditar num "Deus que não joga dados", como formulado na famosa frase de Einstein, equivale muito mais a confiar nas regularidades das leis da natureza do que a afirmar qualquer coisa próxima de uma religião. ++++++

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Santo de casa faz milagre



Noga Lubicz Sklar, crônista bem conhecida nestes VerdesTrigos, lançou na FLIP 2007 o seu romance Hierosgamos e, estando em Parati, entreguei-lhe uma pauta para uma entrevista com Amós Oz, escritor israelense, seu conterrâneo. Familiar com a língua hebraica, eu cria que Noga faria esta entrevista. Conseguiu a foto (do lado) e entregar ao meu ídolo in hands cartões da VerdesTrigos. Entretanto, fui surpreendido com a fantástica crônica sobre o painel que participaram Amós e Nadine Gordimer. Não deixem de ler.


Todos os dias de manhã, às seis da manhã,Amós Oz amansa o ego no Neguev. O escritor mora a cinco minutos de caminhada do deserto, e afirma não haver nada melhor que a vastidão da areia pra lhe ensinar cotidianamente a humildade. De volta em casa ele liga o rádio e ouve, no noticiário, o costumeiro bando de políticos com suas grandes palavras: "nunca"; "sempre"; "até o fim dos tempos"; mas só escuta o riso irônico das pedras do deserto, comentando a pretensão pomposa deles. O que não quero, não vou contar pra vocês de jeito nenhum, é que Amós Oz manca de uma perna (1), e é mancando que um dos grandes escritores do nosso tempo adentra o palco da FLIP para dividi-lo com a sul-africana Nadine Gordimer, minha primeira vez frente a uma Nobel, nossa. Uma emoção como poucas.. >>>> leia mais


(1) - dizem línguas melhores que a minha que Amós Oz machucou o pé dançando com a esposa na FLIP. Duvido. Nenhum dos dois tem cara de festeiro, enfim, mancando ou não, o cara é grande.




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quarta-feira, 4 de julho de 2007

"Meu contrato com o leitor é o de sorrir junto" , Amós Oz, na Folha


Defensor da paz em Israel, autor diz que busca "janela para o quintal de nossas vidas" em seus livros e que "imaginar o outro" é o remédio contra o fanatismo


Folha de S. Paulo - 4/7/2007 - por Noemi Jaffe
Amós Oz, 68, escritor israelense que participará nesta sexta da 5ª FLIP, em debate com a escritora Nadime Gordimer sobre o papel da literatura no resgate da humanidade, alia o olhar do kibutz ao olhar do deserto. O pragmatismo da vida coletiva e o mistério do deserto. Sua literatura também se define por essa estranha aliança entre realismo e enigma. O que é conhecido se reveste de espanto e soa subitamente desconhecido: ir ao mercado, cozinhar um frango. Como diz o autor à Folha, a trivialidade pode ser mais interessante do que grandes acontecimentos, e podemos nos apaixonar "pelo jeito como uma pessoa coça a cabeça". >> Leia mais


Lançamento: HIEROSGAMOS - DIÁRIO DE UMA SEDUÇÃO


HIEROSGAMOS - DIÁRIO DE UMA SEDUÇÃO
Autor: SKLAR, NOGA LUBICZ


"Com despudorada narrativa erótica, da pele à cona, ela brinca com palavras de múltiplos sentidos, e nos desperta para o desejo de também construir uma vida de amor.

De uma personagem de Almodóvar transforma-se na morena do Cântico dos Cânticos, mostra-nos o seu lado brilhante, numa disposição surpreendente para se apaixonar. Como é tímida, faz amor em inglês, e prova da doçura do leite e mel, eretz zavat halav como Semadar, na cama com Salomão. Como não se contentou em viver apenas um amor platônico e virtual, por suas trilhas secas, com a cona pingando de úmida, lançou-se sobre o mar, dividindo-o; e voou milhas para compreender o dinamismo e a essência do amor, que se perpetua de frente para o Cristo Redentor, no Alto Leblon" (Henrique Chagas)


Lançado na FLIP 2007, em Paraty. Já à venda




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