sábado, 15 de dezembro de 2007

A discórdia no reino de Deus


Valor Econômico - 19/10/2007 - por Marília de Camargo César
Há uma diferença entre os velhos e os novos cientistas e filósofos que defendem uma visão de mundo destituída de Deus: a agressividade. O exemplo máximo desse tom mais virulento, que considera ignorantes e obscuros os que ousam crer no sobrenatural, está em Richard Dawkins, o biólogo autor do best-seller Deus, um delírio (Companhia das Letras). Esta é a opinião de um colega de Dawkins na Universidade de Oxford, o professor de história da teologia Alister McGrath, ex-ateu, doutor em biofísica molecular, pesquisador sênior do Harris Manchester College. Ao lado de Joanna McGrath, professora de psicologia da religião na Universidade de Londres, ele escreveu uma resposta ao livro de Dawkins. Recém-lançado pela Editora Mundo Cristão, O delírio de Dawkins é uma contra-argumentação contundente.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

L´Shana Tovah Umetuka, 5768.



Quando se inicia um novo Rosh Hashaná, transmitimos à comunidade judaica nossa certeza que todos manterão inabaláveis as convicções que herdaram de seus ancestrais. Que a Fé em D'eus e sob sua benção possamos ter um Ano Novo tranqüilo, repleto de amor e especialmente de PAZ.

Que 5768 seja um doce ano novo de paz.




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sábado, 25 de agosto de 2007

Aforismo como antídoto, por Manuel da Costa Pinto.


"O Mundo em uma Frase" permite ver o aforismo como gênero singular dentro da tradição das formas breves
EXISTEM LEITORES ávidos de romances e há quem prefira o extremo oposto, as fórmulas epigramáticas, a concisão das sentenças. Não se trata de profundidade, num caso, ou de preguiça intelectual, no outro. Afinal, cartapácios de 800 páginas podem conter tanto "Ana Karenina" quanto literatura de aeroporto; e se as frases lapidares servem de veículo aos lugares-comuns, também dão forma a um gênero de incontestável nobreza: o aforismo.
É esse o tema de "O Mundo em uma Frase: Uma Breve História do Aforismo", de James Geary. Com uma introdução sintética como convém (e na qual Geary se revela um espirituoso autor de agudezas), o livro é uma seqüência de verbetes em que desfilam os principais cultores das formas breves ao longo dos séculos. O critério de escolha de Geary é complacente e tem o mérito discutível de colocar Lao Tsé, Jesus e Maomé no mesmo balaio de Epicuro e Sêneca, de equiparar as máximas de La Rochefoucauld ao "estilo axiomático" de Wittgenstein. ++++

Autor paga o preço de sua honestidade intelectual


CLÁUDIO ANGELO - EDITOR DE CIÊNCIA
Tive o desprazer de conversar com Richard Dawkins apenas duas vezes na vida. É um sujeito antipático, pedante e de uma intolerância insuportável. Exatamente o oposto da personalidade que se espera encontrar em alguém cuja profissão de (ops!) fé é levar a ciência ao grande público. E que é, goste-se ou não dele, um dos intelectuais mais brilhantes que a seleção natural já produziu.
Talvez essa certeza de superioridade, que transborda nos escritos do biólogo britânico, explique em parte por que Dawkins é tão vilipendiado pelos ditos intelectuais "de esquerda" e "culturalistas", para não falar nos (credo!) pós-modernos. Essa patota não hesita em pichá-lo de darwinista bitolado que não consegue enxergar nada além de genes egoístas tramando a destruição do livre-arbítrio humano.
(....)Ao dar munição à sociobiologia com suas idéias sobre genética, Dawkins também virou alvo. O máximo expoente da "biologia dialética", Richard Lewontin, chegou a deturpar uma passagem de "O Gene Egoísta". Onde Dawkins dizia "eles [os genes] nos criaram, corpo e mente", Lewontin enxertou "eles nos controlam, corpo e mente". Até hoje não se desculpou por isso.
Com "Deus, um Delírio", o zoólogo britânico volta a atrair detratores, de ambas as extremidades do espectro político, de todas as cores e -principalmente- credos. Seu único crime terá sido meter a mão num vespeiro (a religião) para o qual os cientistas têm insistido em dar as costas, enquanto dele esvoaçam sem cessar fanáticos do calibre de Osama Bin Laden e George W. Bush. Dawkins esnoba os críticos. Ele sabe que o "meme" darwinista triunfa, e que a luz já foi lançada sobre o mistério da existência humana.


A ciência contra Deus, por Marcelo Coelho.


Corajoso e furibundo, "Deus, um Delírio", de Richard Dawkins, traz forte argumentação em favor do ateísmo, critica a irracionalidade e diz que religiões são nocivas ao bem-estar humano
No livro, cientista britânico utiliza argumentos evolucionistas e considera a existência de Deus uma grande improbabilidade.
Sacerdotes e cientistas mantiveram, durante um bom tempo, certas normas de convivência pacífica: salvo as exceções mais radicais, um não se metia com os assuntos do outro. Hipocrisia, afirma o biólogo Richard Dawkins no corajoso e furibundo "Deus, um Delírio".
Dawkins inicia sua forte argumentação em favor do ateísmo assinalando que a maior parte dos cientistas, inclusive o físico alemão Albert Einstein (1879-1955), cuidava de fazer vagas profissões de fé deístas apenas para não chocar os espíritos religiosos. Acreditar num "Deus que não joga dados", como formulado na famosa frase de Einstein, equivale muito mais a confiar nas regularidades das leis da natureza do que a afirmar qualquer coisa próxima de uma religião. ++++++

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Santo de casa faz milagre



Noga Lubicz Sklar, crônista bem conhecida nestes VerdesTrigos, lançou na FLIP 2007 o seu romance Hierosgamos e, estando em Parati, entreguei-lhe uma pauta para uma entrevista com Amós Oz, escritor israelense, seu conterrâneo. Familiar com a língua hebraica, eu cria que Noga faria esta entrevista. Conseguiu a foto (do lado) e entregar ao meu ídolo in hands cartões da VerdesTrigos. Entretanto, fui surpreendido com a fantástica crônica sobre o painel que participaram Amós e Nadine Gordimer. Não deixem de ler.


Todos os dias de manhã, às seis da manhã,Amós Oz amansa o ego no Neguev. O escritor mora a cinco minutos de caminhada do deserto, e afirma não haver nada melhor que a vastidão da areia pra lhe ensinar cotidianamente a humildade. De volta em casa ele liga o rádio e ouve, no noticiário, o costumeiro bando de políticos com suas grandes palavras: "nunca"; "sempre"; "até o fim dos tempos"; mas só escuta o riso irônico das pedras do deserto, comentando a pretensão pomposa deles. O que não quero, não vou contar pra vocês de jeito nenhum, é que Amós Oz manca de uma perna (1), e é mancando que um dos grandes escritores do nosso tempo adentra o palco da FLIP para dividi-lo com a sul-africana Nadine Gordimer, minha primeira vez frente a uma Nobel, nossa. Uma emoção como poucas.. >>>> leia mais


(1) - dizem línguas melhores que a minha que Amós Oz machucou o pé dançando com a esposa na FLIP. Duvido. Nenhum dos dois tem cara de festeiro, enfim, mancando ou não, o cara é grande.




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quarta-feira, 4 de julho de 2007

"Meu contrato com o leitor é o de sorrir junto" , Amós Oz, na Folha


Defensor da paz em Israel, autor diz que busca "janela para o quintal de nossas vidas" em seus livros e que "imaginar o outro" é o remédio contra o fanatismo


Folha de S. Paulo - 4/7/2007 - por Noemi Jaffe
Amós Oz, 68, escritor israelense que participará nesta sexta da 5ª FLIP, em debate com a escritora Nadime Gordimer sobre o papel da literatura no resgate da humanidade, alia o olhar do kibutz ao olhar do deserto. O pragmatismo da vida coletiva e o mistério do deserto. Sua literatura também se define por essa estranha aliança entre realismo e enigma. O que é conhecido se reveste de espanto e soa subitamente desconhecido: ir ao mercado, cozinhar um frango. Como diz o autor à Folha, a trivialidade pode ser mais interessante do que grandes acontecimentos, e podemos nos apaixonar "pelo jeito como uma pessoa coça a cabeça". >> Leia mais


Lançamento: HIEROSGAMOS - DIÁRIO DE UMA SEDUÇÃO


HIEROSGAMOS - DIÁRIO DE UMA SEDUÇÃO
Autor: SKLAR, NOGA LUBICZ


"Com despudorada narrativa erótica, da pele à cona, ela brinca com palavras de múltiplos sentidos, e nos desperta para o desejo de também construir uma vida de amor.

De uma personagem de Almodóvar transforma-se na morena do Cântico dos Cânticos, mostra-nos o seu lado brilhante, numa disposição surpreendente para se apaixonar. Como é tímida, faz amor em inglês, e prova da doçura do leite e mel, eretz zavat halav como Semadar, na cama com Salomão. Como não se contentou em viver apenas um amor platônico e virtual, por suas trilhas secas, com a cona pingando de úmida, lançou-se sobre o mar, dividindo-o; e voou milhas para compreender o dinamismo e a essência do amor, que se perpetua de frente para o Cristo Redentor, no Alto Leblon" (Henrique Chagas)


Lançado na FLIP 2007, em Paraty. Já à venda




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domingo, 1 de julho de 2007

''Terra em Transe'', ensaio sobre o filme de Glauber Rocha


Através do cineasta, diretor e ator Vicentini Gomez, recebo o seu ensaio "Terra em Transe", de autoria de Régis Frota Araújo, um ensaio sobre o clássico de Glauber Rocha. O poeta e jornalista Paulo Martins (Jardel Filho) irrita-se com o discurso incoerente de um líder sindical, tapa sua boca e pergunta em direção à câmera: "Está vendo o povo? Um imbecil, um analfabeto. Já pensaram o povo no poder?". Seria fácil elogiar Glauber por seu dom premonitório. Mas isso poderia reduzir a complexidade de Terra em Transe a uma única interpretação. A partir da figura trágica de Martins - que, na fictícia Eldorado, recusa tanto o reacionarismo messiânico de Porfírio Diaz (Paulo Autran) quanto o populismo demagógico de Felipe Vieira (José Lewgoy) -, o cineasta define o papel do artista/intelectual: questionar as verdades estabelecidas sem desistir de tomar parte na luta.
Terra em Transe, o filme (Brasil, 1967). Drama. Direção e roteiro de Glauber Rocha. Com Jardel Filho, Paulo Autran, José Lewgoy, Paulo Gracindo, Glauce Rocha, Danuza Leão, Jofre Soares e Paulo César Peréio. DVD


Saiba mais sobre o livro Terra em Transe




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Flip consagra o escritor-celebridade


Festa literária de Paraty, que começa na quarta, segue tendência de festivais em que autores "globetrotters" dão "show'. Escritores comentam atual necessidade de freqüentar eventos literários em diversos países para promover seus livros


Não é à toa que o encontro literário de Paraty, que começa na próxima quarta-feira na cidade fluminense, tem nome e status de festa. A Flip chega à sua quinta edição seguindo uma transformação internacional no modo como a literatura é consumida no planeta.
Em sua natureza tido como atividade solitária, o ofício de escritor cada vez menos tem a ver com a idéia de um sujeito entretido em seu mundo particular, sentado numa escrivaninha ou à sombra de uma árvore, estudando ou refletindo em busca de inspiração. Tampouco os leitores têm tido no hábito de ler, como antigamente, uma experiência íntima e reflexiva.
A literatura virou show. Cada vez mais as editoras pedem aos escritores que façam parte de um jogo em que têm de vender seus livros em eventos internacionais, com palestras, entrevistas e atividades interativas com o público. Os leitores, por sua vez, já aceitaram a idéia de serem fãs de escritores-celebridade, reconhecidos não só por sua literatura, mas por sua capacidade de subir num palco e entreter uma platéia. (EDUARDO SIMÕES, MARCOS STRECKER, SYLVIA COLOMBO - DA REPORTAGEM LOCAL)


Noga Lubicz Sklar, que me deu o privilégio de escrever a orelha do seu inédito romance "Hierosgamos", a ser lançado na FLIP 2007 pela Giz Editorial, também estará em Paraty fazendo parte do show. Veja o que escreveu em seu Noga Bloga.



O resto é uma grande incógnita, let the sunshine in. Talvez o livro esteja na Livraria da Vila, talvez não. Talvez eu consiga falar com a Liz, talvez não. Talvez possa abordar o Amós Oz com um simpático e solidário shalom chaver talvez não, mas sim, espero que sim, que a FLIP seja um grande, GIGANTESCO SIM, e que de volta de lá eu possa usar um slogan novo para o Hierosgamos: Você será o único que ainda não leu. Brincadeirinha, viu, gente? Coisas de falta de assunto, e por falar nisso ninguém se espante se eu ficar ausente aqui no blog com alguma freqüência nos próximos dez dias, ao cabo dos quais estarei de volta sendo sempre a mesma, ou nunca mais sendo a mesma, personagem-autora ou autora-personagem, quem sabe o que na verdade se passa na mente de um autor de sucesso? Em breve, aqui no Noga Bloga, ou você quer ser o único que ainda não me lê?



"Hierosgamos - Diário de uma Sedução" tem uma capa excelente, linda e viva Rodin. Tem comunidade no orkut, blog Noga Bloga, vídeo no YouTube, orelha na VerdesTrigos e Giz Editorial se encarregou da edição impressa. Sucesso e sorte à Noga, autora e personagem, pois o show ainda nem começou! E tudo já está sendo um astronômico SIM, yes, yes.....




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Camila versus Bebel, no saneamento básico


Às voltas com o sucesso da prostituta que interpreta na novela das oito, com a mudança de casa e com o lançamento do longa "Saneamento Básico", de Jorge Furtado, atriz fica "exausta" e "melancólica" - mas está feliz (Mônica Bergamo - FSP)


O porquê deste post! Para dizer que sou fã da filha do Antonio e da Benedita da Silva. E para falar do filme do Jorge Furtado, "Saneamento Básico", que estréia dia 20 de julho de 2007. "Saneamento Básico, o Filme" tem dois elementos fundamentais para se tornar um sucesso de público neste ano: é uma das mais engraçadas comédias nacionais recentes, protagonizada por um elenco global, com ótimos atores de intensa exposição na TV. Ao mesmo tempo, é uma bela homenagem ao cinema, especialmente o italiano, e uma sátira ao seu modo de produção, especialmente o brasileiro.


À trama: os moradores de uma pequena comunidade da serra gaúcha se unem para solicitar à prefeitura local verba para a construção de uma fossa para tratamento de esgoto. O casal Marina (Fernanda Torres) e Joaquim (Wagner Moura) leva o pedido ao município e ouve que não há dinheiro para saneamento básico. Mas há para um vídeo de dez minutos, R$ 10 mil que haviam sido liberados pelo governo federal para um projeto agora abandonado. Se a verba não for usada, terá de ser devolvida.


Com a ajuda de sua irmã, Silene (Camila Pitanga), e do namorado dela, Fabrício (Bruno Garcia), Marina e Joaquim encampam o projeto do vídeo. Farão um filme sobre a fossa, na crença que conseguirão usar a maior parte do dinheiro para a obra em si e não para o curta. Quando a trupe começa a fazer a ficção "O Monstro da Fossa", os personagens de Furtado são apresentados aos desafios de todas as etapas de realização de um filme: escrever um roteiro, negociar patrocínio, escolher o elenco, produzir cenário, figurino e efeitos visuais, filmar e finalmente montar (blog "Ilustrada no Cinema"). Veja o trailer de "Saneamento Básico".




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São Paulo está muito bem na fita


São Paulo seduz cineastas, exibe o lado fotogênico na atual safra de filmes nacionais e atrai produções de fora


SILVANA ARANTES - DA REPORTAGEM LOCAL
O Rio de Janeiro continua lindo, mas é a acinzentada São Paulo, com seus 5,8 milhões de carros, o engarrafamento como sinônimo de rotina do cidadão e a marca da "deselegância discreta" que fica cada vez mais atraente aos olhos e às lentes dos cineastas, daqui e de fora.
Na safra de filmes em cartaz, como "Não por Acaso", de Philippe Barcinski, e entre os que serão rodados nos próximos meses no país, não faltam exemplos dos que tratam a cidade como personagem, e não apenas como cenário.
"Meu grande desafio era fazer com que São Paulo fosse mais do que uma locação [ambiente de cenas], porque o filme lida com a relação do homem com o meio, que é algo meio intangível", diz Barcinski.
O cineasta Walter Salles, que ao lado de Daniela Thomas começará a filmar seu "Linha de Passe" em São Paulo na semana que vem, acha que Barcinski "capturou de forma ao mesmo tempo sensível e contundente" o aspecto mais particular de São Paulo: "O fato de estar em constante movimento". >>> leia mais



"não por acaso",
do diretor Philippe Barcinski é um filme sobre o controle. trata de três personagens obsessivos: um jogador de sinuca que busca o domínio absoluto das bolas em uma mesa de bilhar; o engenheiro de trânsito de que procura manipular o fluxo de automóveis de uma metrópole e o funcionário de uma luxuosa casa de bingo que se revolta com a aleatoriedade de tudo que lhe cerca. isolando-se em seus mundos de pensamentos eles terão de aprender a conviver com a perda para recuperar quem eles amam. o filme, comercial e experimental ao mesmo tempo alternam os registros objetivos e subjetivos em um jogo cinematográfico instigante.


O longa de Philippe Barcinski está em cartaz há duas semanas nos cinemas, em cerca de 60 salas em São Paulo e outras capitais e faz uma bela campanha. Até o momento o filme foi visto por quase 70 mil pessoas. Na próxima semana "Não Por Acaso" entra em cartaz em Bauru, Ribeirão Preto, Uberlândia, Cuiabá e João Pessoa.




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Frias e a busca modesta da verdade, um pouco da história do Brasil


Jornalista Mario Sergio Conti escreve sobre a obra de Engel Paschoal. Biografia, reeditada agora, apresenta um retrato desmistificador ao combinar realismo e franqueza.



Entre os méritos de "A Trajetória de Octavio Frias de Oliveira", e eles são vários, o que se impõe logo de início é a combinação de objetividade e modéstia. Objetividade porque o livro pretende ser tão-somente, como diz seu autor, Engel Paschoal, um perfil - o retrato de um empresário que, já cinqüentão, comprou e reformulou a Folha de S.Paulo. E modéstia porque o perfilado nunca foi homem de fazer praça de seus feitos.


'A trajetória de Octavio Frias de Oliveira' traz a história do publisher da Folha de S. Paulo, um dos mais importantes personagens da imprensa brasileira da segunda metade do século 20 e do início do 21, desde o nascimento, em 1912, aos dias de hoje. Frias é visto desde a sua conturbada infância e, a partir daí, pelos fracassos e sucessos que marcaram a sua trajetória de vida. Em paralelo, o livro conta a história da Folha de S. Paulo e, como pano de fundo, traça um panorama do Brasil em todo esse período, além de dar uma idéia de acontecimentos mundiais com repercussão no país. Desfilam por suas páginas personalidades, artistas e políticos com os quais Frias conviveu, entre eles - Di Cavalcanti, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Gilberto Freyre, Getúlio Vargas, Jânio Quadros, Carlos Lacerda, Juscelino Kubitschek, João Goulart, Oscar Niemeyer e Luiz Inácio Lula da Silva. A obra é enriquecida com depoimentos de amigos e admiradores, como Alberto Dines, Antonio Delfim Netto, Antonio Ermínio de Moraes, Boris Casoy, Clóvis Rossi, Elio Gaspari, Fernando Henrique Cardoso, Ives Gandra Martins, Janio de Freitas, Jorge Paulo Lemann, José Sarney, José Serra, Lázaro de Mello Brandão, Olavo Egydio Setubal e Ricardo Kotscho, entre outros. A maior preocupação do autor é mostrar como, aos cinqüenta anos de idade, Frias reinventou sua carreira ao ingressar, quase que por acaso, no setor da comunicação, quando adquire, em agosto de 1962, em sociedade com Carlos Caldeira Filho, o jornal Folha de S. Paulo.




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Internautas elegem as ''Sete Maravilhas'' da cultura mundial; vote


da Folha de S.Paulo
O caderno Mais!, da Folha, realiza até quarta-feira, 4 de julho, a enquete "Sete Maravilhas". Foram escolhidas sete áreas: arte, cidades, ciência, cinema, filosofia, internet e literatura. As indicações foram dadas por especialistas convidados pelo caderno. O resultado será anunciado na edição de 8 de julho.


Vote nas "Sete Maravilhas":


Cidades => Votei no Centro Habana, Havana, o Rio de Janeiro vai ganhar.
Cinema => Votei em "Um Corpo que Cai" (Alfred Hitchcock)
Web => Votei na Inteligência coletiva
Literatura => Fiquei entre Shakespeare e a Biblia, mas votei na obra coletiva
Filosofia => Votei em "Passagens", de Walter Benjamin (sou fã)
Ciência=> Votei na "A revolução da física do século 19" (nada teria acontecido sem ela)
Arte => Votei "Quinta do Surdo", de Francisco de Goya.


Minhas indicações que não constaram da lista da Folha: Jerusalém, Atenas e Brasília (cidades); "The green wheat fields", de Vincent Van Gogh; Blogs, VerdesTrigos (Internet).




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Os 03 livros mais vendidos através do portal VerdesTrigos


1) Teatro Laboratorio de Jerzy Grotowski, O
O trabalho artístico de Grotowski é um dos mais significativos do teatro contemporâneo. Sua foi a elaboração do training, como exercício continuado, cotidiano e personalizado para o ator; sua a primeira experimentação sistemática e concreta da relação ator-espectador em um espaço cênico unitário. Sua a definição do grupo teatral como lugar de exploração pessoal e pesquisa artística, em um trabalho protegido, só em parte finalizado em cada um dos espetáculos. Sua a proposta de uma ética do ator como sujeito de experiências autênticas, que aperfeiçoa e desenvolve as intuições de Stanislávski. Muito do teatro contemporâneo, mesmo esteticamente distante dele, não teria sido possível sem o trabalho de Grotowski. A evidência deste papel é reconhecida internacionalmente pelos que fazem, assistem e amam a arte do teatro e sua extraordinária expressão contemporânea na criação e reflexão do grande diretor polonês. Este livro traz a tradução dos textos reunidos por Ludwik Flaszen e Carla Pollastrelli para a Fondazione Pontedera Teatro e vertidos para o nosso vernáculo pela professora Berenice Raulino.

2) NA PRAIA
Inglaterra, 1962. As profundas mudanças na moral e no comportamento sexual que abalariam o mundo ao longo daquela década ainda estão em estado de gestação. Edward Mayhew e Florence Ponting, ambos virgens, se instalam num hotel na praia de Chesil, perto do Canal da Mancha, para celebrar sua noite de núpcias. Ele é um rapaz recém-formado em história, de origem provinciana, sua mãe tem problemas mentais e o pai é professor secundário. A noiva é uma violinista promissora, líder de seu próprio quarteto de cordas, filha de um industrial e de uma professora universitária de Oxford. O desajeitado encontro íntimo desses dois jovens ainda marcados pelos resquícios da repressiva moral vitoriana é repleto de lances cômicos e comoventes, configurando uma autêntica tragicomédia de erros. 'Na praia', entretanto, vai além disso. O drama dos recém-casados transcende o registro particular e o retrato de época para alcançar a dimensão de uma obra universal sobre o momento da perda da inocência, essa expulsão do paraíso que é um ponto de inflexão na vida de todo indivíduo. McEwan alterna os pontos de vista de Edward e Florence, radiografando seus pensamentos e motivações mais secretos. O sentimento trágico que fica no leitor vem da percepção dos estragos profundos e duradouros que um pequeno gesto, um único mal-entendido, uma palavra infeliz podem causar na vida dos personagens.

3)
E A HISTORIA COMEÇA
Grandes escritores escreveram e reescreveram a primeira frase de um livro várias vezes. A partir de sua experiência como romancista e crítico literário, Oz desenha neste livro o mapa da genialidade e processa a gênese de uma obra-prima, desconstruindo textos de importantes escritores, analisando os métodos utilizados para cativar os leitores e tecendo comentários sobre as estranhas e sedutoras formas pelas quais tais autores iniciaram suas obras.



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Facilitando a vida dos spiders


Conheças as palavras mais buscadas os googles da vida e que encontraram VerdesTrigos (ah! a lista facilita o serviço do google para este mês de julho)


www.google.com.br/ig?hl=pt-br, contardo calligaris, van gogh, verdes trigos, cruz missioneira, roberto carlos em detalhes, ruinas de são miguel, o vestido - carlos herculano lopes, telas de van gogh, resenha do filme o nome da rosa, o vestido carlos herculano lopes, vincent van gogh, orkut, verdestrigos, contos eroticos, sinuca, ong, poetas mineiros, homenagem aos pais formatura, resenha o nome da rosa, resenha o caçador de pipas, contardo caligaris, livro o vestido, calligaris, nebulosa helix, cruz de caravaca, o vestido de carlos herculano lopes, guaranis, karl larenz, teoria do big bem, van goh, juliana paz sem calcinha, resenha a moreninha, camila pitanga, homenagem aos pais, resenha de a moreninha, o caçador de pipas resenha, sete povos das missões, piadas do humorista ari toledo , ilha das flores download, vicent van gogh, van gog, o julgamento de sócrates, ken wilber , teoria do universo , o nome da rosa resenha , resenha caçador de pipas, participação politica, amos oz, o caso do martelo, colonia cecilia, biografia de van gogh, contardo, download do livro o que aprendi com bruna surfistinha, ricardo guilherme dicke, modelo de tabela price, biografia de vincent van gogh, ong cultural, resenha oração dos moços, homenagens aos pais, nebulosa de helix, igreja de são miguel arcanjo , o nome da rosa, julgamento de socrates, domingos pellegrini, o vestido carlos herculano, ot list, obras de van gogh, o pobre de deus, são miguel das missões, you tube, mercador de veneza, banco brasil japan, sexo, alakazam, resenha mercador de veneza, hotmail , os caminhos de che, fundamentalismo religioso, van gogh biografia, dramatização, marketing de massa, o ultimo voo do flamingo, editora lingua geral, resenha revolução dos bichos, evangelho de judas, oração aos moços, biografia de vicent van gogh , o senhor é meu pastor, carlos herculano lopes, resenha do livro a moreninha, ruinas de são miguel, fotos de guilherme bentana , no tempo das tangerinas resenha, resenha o mercador de veneza, videos bizarros, contos femininos, protetor de telas , o caçador de pipas download, biografia de lia zatz, trigos, ruinas de san inacio , brasil telecom, luxor, no tempo das tangerinas, resenha no tempo das tangerinas, o mercador de veneza , love orkut , a historia do quadro de girassois de van gogh, caminhos de che , midia training , senhoras do santíssimo feminino , sombras de julho, teoria psicoindividual, everest , roda gigante , resenha a revolução dos bichos , biografia de carlos herculano lopes , moacyr scliar, gmail , quais os metodos da pedagogia libertaria, enron, resenha quincas borba, um amor anarquista, julgamento de socrates, o senhor e o meu pastor, doe livros, resenha do livro a mulher que escreveu a biblia, clube da putaria, resumo do livro a letra escarlate, urda alice klueger, www.arianosuassuna.com.br, contos eróticos, guilherme bentana foto, a vida de van gogh, poesia sobre brasilia, mike potira, resenha dom casmurro , protetor de tela , fotos do reporter guilherme bentana , luisa sato , consulta spc, culturas, comunidades orkut, consulta serasa , engill koliqi, antropologia polí­tica, airport planning, misiones , ong cultura , biografia de lourenço, cazarré, biografia domingos pellegrini, fernando roberto janz, resenha do livro o nome da rosa, agenor soares de moura e muito mais




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IBOPE: A audiência do VerdesTrigos continua no mesmo patamar do mês anterior, com sinais visíveis de crescimento


Audiência de VerdesTrigos => MAIO/2007·········JUNHO/2007
Número de visitas: 106.220 visitas························108.041 visitas
Páginas visitadas: 278.427 Páginas····················· 276.729 Páginas
Bytes/banda: 23.45 GB·············································27.72 GB

Confira.
Para um sítio cultural, com conteúdo diferenciado, sem patrocício, é certo que temos um público fiel e qualificado, a quem agradeço de coração. Pense nisso.



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Parceiros: os 15 mais listados nas estatísticas.


Meus agradecimentos aos parceiros que trouxeram visitantes ao VerdesTrigos. Nesta ordem:
http://www.mundodosfilosofos.com.br/
http://www.cranik.com/
http://verdadeabsoluta.net/
http://www.pletz.com/
http://www.distincards.com/
http://ruadajudiaria.com/
http://www.noga.blog.br/
http://www.casadacultura.org/
http://www.glorinhacohen.com.br/
http://www.educacional.com.br/
http://www.verbo21.com.br/
http://viomundo.globo.com/
http://www.eraodito.blogspot.com/
http://www.portacurtas.com.br/
http://www.edicoes70.pt/



Coloque um banner ou link da VerdesTrigos em seu site ou blog.




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sábado, 30 de junho de 2007

O que está faltando nos blogs brasileiros?


Deparei-me com este post. Vejam só que coisa interessante: não que me encontro só na blogosfera.



"A web brasileira é ruim por que faltam leitores. Na faculdade eu tive amigos que mal sabiam ler. Esse problema é geral. Nos blogs eu vejo pessoas fazerem perguntas que se elas tivessem lido o post a pergunta que elas postaram nos comentários não precisava ser feita. E depois reclamam copiosamente que os blogueiros não respondem comentários. O resultado é puro amadorismo, ignorância de coisas básicas e pedantismo. É um problema educacional. De todos os problemas o pior deles é o pedantismo, que é a representação daquele "garoto" pretensioso que corre os blogs exclusivamente para escrever coisas depreciativas, como se fosse um messias que tivesse o dever de mostrar o caminho da verdade que ele pensa saber. Quem não conhece uma dúzia deste tipo? "


Enquanto os leitores pensarem assim, os blogs vão seguir na mesma linha. Geralmente quanto mais profundo e reflexivo é um artigo escrito em português, menor é o poder de atração dele. As pessoas não querem e acham que não precisam "entender" tanto, elas só querem soluções paliativas. Quando alguém critica um site por ter textos grandes, é porque aquela pessoa se enquadra no livro do apóstolo Bruno da primeira carta aos Blogueiros (I Bruno, cap 02 verso 15): "não sereis leitores de títulos".


Agora chega aquela parte em que se você quiser e tiver lido todo este texto, deixar sua opinião sobre a blogosfera brasileira. Se você sempre quis discutir sobre este assunto, agora é o momento. Nem so de uma andorinha se faz um verão".



A discussão é excelente. O Henrique, meu xará, faz referência aos blogs de tecnologia (não é o nosso caso, pois quase nada entendemos de tecnologia), porém ele toca na falta de educação como grande parte do problema, como disse Leonardo num texto relacionado. Neste blog VerdesTrigos quase não se comenta, embora tenhamos uma audiência de aproximadamente 5.000/dia. Claro, recebemos vários comentários por email, que gentilmente respondemos na medida do possível. O melhor da blogosfera é a possibilidade do feedback instantâneo do leitor.



  1. O debate sobre blogs nacionais continua (MeioBit)

  2. É a maldita da cultura. (Tableless)




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Por isso não provoque



Encerro o post adiantando pra vocês as palavras (surpreendentemente) emocionadas de Henrique Chagas, editor do Verdes Trigos, que escreveu a orelha do Hierosgamos quando ainda mal nos conhecíamos:
"Com despudorada narrativa erótica, da pele à cona, ela brinca com palavras de múltiplos sentidos, e nos desperta para o desejo de também construir uma vida de amor."
Tá certo, Henrique: é esta exatamente a minha desmesurada pretensão. Pelo menos pra mim, funcionou. Funcionou pra você e espero que funcione pra cada leitor que arriscar me ler, ainda que na contramão da crítica, ou da falta eloqüente dela. (leia o post da Noga)



''Saí da Microsoft para vender felicidade'' (John Wood)


O americano John Wood dá a receita que transformou sua instituição filantrópica em uma máquina de atrair recursos. Aclamada por organizações internacionais, a Room to Read defende que a saída para a filantropia é adotar princípios do capitalismo


John Wood é um atleta das finanças e está causando reboliço por administrar sua organização não-governamental Room to Read - que constrói escolas e bibliotecas em países subdesenvolvidos- como se ela fosse uma multinacional.
Ex-diretor de marketing da Microsoft, ele ainda se parece com o estrategista corporativo que conseguiu fortalecer os músculos da gigante americana de informática na Ásia, região que, em 2000, considerava a empresa uma vilã imperialista.
Foi assim até 2000, quando Wood decidiu pedir demissão e usar parte de sua poupança (ele diz que foram US$ 50 mil) para fundar a Room to Read, hoje presente em oito países (Nepal, Sri Lanka, Camboja, Vietnã, Índia, Laos, África do Sul e Zâmbia). Neste ano, ela deverá chegar à América Latina. Ao todo foram construídas 287 escolas, 3.540 bibliotecas com 1,3 milhão de livros e concedidas 2.336 bolsas de estudo.
Sua experiência virou um livro ("Saí da Microsoft para Mudar o Mundo") e pode ser adquirido nas principais livrarias brasileiras ou aqui. (JULIO WIZIACK - DA REPORTAGEM LOCAL)


Dica de blog #1: separated by a common language



"separated by a common language" (assim mesmo, só com letras minúsculas) é um blog em inglês criado em maio de 2006 por Lynneguist (M Lynne Murphy), lingüista americana que vive no Reino Unido e trabalha no Departamento de Lingüistica e Língua Inglesa da Universidade de Sussex.


O nome do blog é referência a uma frase de George Bernard Shaw, que disse:
England and America are two countries separated by a common language.


O blog tem por objetivo expor as diferenças entre o inglês americano e o inglês britânico (palavras, expressões, pronúncia, construções gramaticais), mas somente aquelas que não sejam automaticamente reconhecidas por falantes do inglês, nem amplamente discutidas em dicionários. A originalidade e ótima qualidade dos textos publicados, em estilo coloquial, fazem do blog uma parada obrigatória para tradutores, estudantes de inglês avançado e todas as pessoas que desejem se aperfeiçoar nas nuanças do idioma inglês. Vale a pena visitar: link aqui.




A DICA é do tradutor Fabio M. Said, que está entre os meus favoritos.

terça-feira, 1 de maio de 2007

O deleite da barbárie e o gozo da carnificina, por Chico Lopes


Fui ver "300" em decorrência de dois fatores: a necessidade de comentar o filme profissionalmente e de conhecer seus elogiados feitos técnicos, na adaptação do gibi (ou, mais pernosticamente, graphic novel) de Frank Miller. Estou escolado nas estratégias sujas do marketing cinematográfico e sei que de nada que faça barulho publicitário muito intenso se pode esperar muito hoje em dia, mas, ainda assim, Cinema é arte & indústria e mantenho a cabeça sempre aberta para, no meio do lixo industrial, do "mainstream", descobrir alguns encantos e criações autênticos. Nunca esquecer que gente que hoje nos parece admirável e supremamente artística, como Billy Wilder e Alfred Hitchcock, era o "mainstream" de décadas distantes. Também falou-se tanto do bizarro rei Xerxes interpretado por Rodrigo Santoro que eu tinha que dar uma olhada nisso. Mas o filme me surpreendeu foi por outras razões, que, na verdade, nem são novas, mas continuam me inquietando e me espantam que não inquiete - ou não pareça inquietar - muito as pessoas. Já se viu algo tão sádico, tão militarista, tão preconceituoso, tão machista e tão cruel quanto esse filme?


domingo, 29 de abril de 2007

Quando li "Batismo de Sangue" . . .


tito.JPGtito1.JPGO filme "Batismo de Sangue", do cineasta mineiro Helvécio Ratton, é inspirado no livro homônimo escrito por Frei Betto (também mineiro), vencedor do Prêmio Jabuti de melhor livro de memórias em 1983.


O livro e o longa-metragem narram a participação dos freis dominicanos na luta contra a ditadura militar no Brasil nas décadas de 1960 e 1970. No filme, o ator Caio Blat vive o Frei cearense Tito de Alencar, torturado e morto no exílio em Paris aos 30 anos de idade, em 1974.


Sinopse do filme: Em São Paulo, no final dos anos 1960, o convento dos frades dominicanos torna-se uma trincheira de resistência à ditadura militar que governa o Brasil. Movidos por ideais cristãos, os freis Betto (Daniel de Oliveira), Oswaldo (Ângelo Antônio), Fernando (Léo Quintão), Ivo (Odilon Esteves) e Tito (Caio Blat) passam a apoiar o grupo guerrilheiro Ação Libertadora Nacional, comandado por Carlos Marighella.


Frei Betto segue para um convento no Sul do Brasil, onde ajuda perseguidos políticos a passarem pela fronteira. Vigiados pela polícia, Frei Fernando e Frei Ivo acabam presos e torturados. A polícia descobre como são feitos os contatos entre Marighella e os dominicanos, e prepara uma emboscada para matá-lo. O convento é invadido, Frei Tito é preso. Em Porto Alegre, Frei Betto também é preso e os dominicanos são transferidos para um presídio em São Paulo.


Frei Tito é interrogado e sofre terríveis torturas. Meses depois, um grupo guerrilheiro seqüestra o embaixador suíço no Brasil, exigindo a libertação de setenta presos - entre eles, Frei Tito. Contra sua vontade, Frei Tito é mandado para o exílio e vai viver na França. Mesmo longe do Brasil, Tito mentalmente não consegue ficar livre de seus carrascos. Por onde passa, acredita estar sendo vigiado e ameaçado. Com intuito de pôr fim ao seu martírio e se livrar de seus perseguidores, Frei Tito comete suicídio.



[nota] Li "Batismo de Sangue", a 1ª edição, tão logo foi lançado. Já havia lido vários livros de Frei Betto, e, estava absorto pelas "Cartas de Prisão". Ainda eu era religioso, fiz parte de uma congregação religiosa até 1982. O sacrifício dos frades franciscanos constituia-se em ideal, em algo a ser seguido como exemplo, tal qual o martírio do Mestre. Convivi com colegas que tinham amizade com os dominicanos, os nossos heróis. Assim como o diretor deste filme, quando li "Batismo de Sangue" também percebi que a história deveria ser contada no cinema (ação e suspense). A paixão e morte do Frei Tito foi o que mais me comoveu naquela leitura, uma mistura de medo (vivíamos aterrorizados), compaixão, coragem, crueldade e martírio. Algo transcendentemente religioso. Quero ver o filme.



Mais um sentimental...... Roney no seu "Galeria de Espelhos"



Outro sentimental (eu)





Reunião de amigos"Dá uma lida aqui no blog Bicho Solto e depois continue lendo (é o meu comentário)


Puxa… Isso é algo em que sempre penso, mas acho que nunca cheguei a colocar em palavras.


Talvez não tenha falado no assunto por não saber bem se é uma qualidade, um defeito, uma excentricidade, fruto de carência afetiva ou de uma alma que leva todo mundo muito a sério.


Gosto de pensar que é esta última. Acho que me apego às pessoas porque sempre olho para elas sob todos os aspectos indo do profissional ao emotivo passando por aquelas pequenas particularidades que nos fazem únicos.


A parte difícil disso é viver em um tempo onde os relacionamentos são justo o oposto, mantendo-se superficiais e fugazes.


Sonho um dia descobrir um jeito de juntar todas essas pessoas que passaram por minha vida ao menos umas 4 vezes ao ano! :-)"


[nota] Não deixe visitar este Blog do Roney, um cara sentimental, que expressa seus sentimentos, pensamentos e percepções de forma inteligente (coisa rara neste mundo virtual)



Terra Molhada, de Terezinha Oliveira Lemos


TERRA MOLHADA
Terezinha Oliveira Lemos


A chuva mansa acentua aromas,
envolve-me, intensamente,
o cheiro da terra molhada agradecendo a suave aspersão.


O espelho se revela
na poça d´água.
Resquícios da infância assomam,
tardes de brincadeira na rua.


O cheiro da terra molhada
numa linguagem especial
é um código de emoções.


[Nota] Recebi da Autora, de Araxá, MG, o seu novo livro "Terra Molhada". "Terra Molhada é um campo fértil a inspirar cidadãos e cidadãs na análise desta terra onde vivemos e que queremos para nós e para os que virão"


Ícaro, de Gabriel Pedrosa


icaro.JPGLivro de estreia de Gabriel Pedrosa, Ícaro tem na experimentação seu traço mais marcante. Seus poemas são indissociáveis do projeto gráfico, do livro como suporte físico: ganham corpo em versos em desalinho, linhas tortas e contraste entre páginas cheias e vazias, explorando a espacialidade da palavra dentro de uma vertente de pesquisa estética que ecoa a poesia concreta, porém amplificando suas inovações.


Ícaro é, portanto, um livro atravessado pela metalinguagem, pelo olhar de quem lê criticamente o repertório de nossos momentos literariamente mais inventivos.


Ateliê Editorial me encaminhou um exemplar, que vou prazerosamente entrar em contato com as leituras e releituras de canções e poesias consagradas.


Yes, nós temos cana, por Mário Persona *


O Tio Sam veio aqui, chupou cana, escovou os dentes e assoviou de contente. Se antes o vizinho era o Canadá, agora vizinho é qualquer país onde cana dá. O Brasil se alvoroçou, Zé Carioca sambou e Carmem Miranda cantou: "Yes, nós temos cana!" O petróleo virou vilão.

E quem vai dizer que não? Monteiro Lobato quis defender o petróleo e pegou seis meses de cana. Mal sabia ele que um dia o país deixaria de lado "O Petróleo é Nosso" e adotaria o lema "Cana Para Todos". A Polícia Federal já adotou e veja no que deu. Os canadólares apareceram mais rápido que os petrodólares.

Tirando os morros do Rio, onde a cana é difícil de pegar, a monocultura vai tomar de assalto nosso território. O Brasil vai ficar um verde só, do Oiapoque ao Chuí. Os ambientalistas que nos vigiam pelo Google Maps vão pensar que reflorestamos a nação. Mal sabem eles que o país do carnaval virou um canavial.

No interior de São Paulo, onde moro, "canaviar" é substantivo caipirês, mas aposto que vai virar verbo. Aqui está tudo canaviado. Se canaviar afeta a biodiversidade? Que biodiversidade? Aqui mel tem gosto de melado, teta de vaca dá garapa e passarinho voa em zigue-zague depois que bebe água que passarinho não bebia. >> Leia mais




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Entrevista com Henrique Chagas para o portal "Autores e Leitores"


Henrique Chagas, 47, escritor e advogado, radicado em Presidente Prudente/SP, concedeu entrevista ao portal "", onde destacou a relevância do papel "religioso" na sua obra. Henrique não se vê como um ser fortemente influenciado pela religião no seu sentido comum, mas sente-se religado ao Eterno. "Assim, creio que não sou nada religioso no sentido comum, mas sou extremamente religioso no sentido ontológico da palavra. Desde que me entendo, sempre me vejo religado a uma força transcendente. Busco sempre identificar-me com Aquele cujo nome é impronunciável. Esse religare transparece nas minhas idéias e nos meus textos; e, mais, materializa-se na reflexão do sentido da nossa existência e da nossa identidade humana", disse Henrique.


Henrique revelou que está trabalhando um romance: "Escrevo um romance cuja temática é exatamente esta reflexão sobre o sentido da existência humana, muito mais profundo que nosso mero sentido religioso, ao contrário, projeto nas personagens as nossas dificuldades de compreensão do sagrado e do profano. Penso que não existem coisas sagradas e coisas profanas. Tudo é sagrado, já dizia Djavan. Nessa busca de identidade as personagens se esbarram com a sua inexorável pequenez frente ao universo, ao aquecimento global, à escassez de água que já se avizinha, muito embora neste mundo pós-moderno tudo seja facilitado pela tecnologia de ponta". Falou ainda do seu trabalho como advogado e especialmente de Verdes Trigos.


Leia a entrevista.


Um poeta e seus filhos



"Nem todos os pais podem dormir com seus filhos na mesma casa em que vivem. Como eu, alguns pais são separados, que dispõem apenas de um sábado e domingo para confirmar a paternidade e reencontrar o significado da família. Pai separado sempre está sob a ameaça de despejo. De ser trocado. Ou de ser esquecido".



É o que escreve o poeta Fabrício Carpinejar, na contracapa de seu último livro, Meu filho, minha filha (ed. Bertrand Brasil). Há muito sofrimento, acusação e culpa nesses belos poemas. A filha mais velha, já adolescente, é tema de versos magoados, de uma sinceridade difícil de encontrar:



Quando brinco com as crianças// e faço palhaçada, elas se divertem,/menos tu, encabulada pela maneira/como converso de igual para igual.//Tantas vezes ouvi tua vergonha/ explicando aos colegas,/com os olhos virados para cima:// "Meu pai é louco"./Louco por quem? Já perguntaste?



Ou ainda:



Corto tuas unhas e reclamas/ que aparo muito rente da pele./Desculpa, tudo que vivi foi rente à pele.//...Eu te alfabetizei e foste/me tirando o espaço entre as linhas./Guarda-me apenas uma fresta.//Não importa o que os adultos falam,/serei o pai da insistência./Até onde posso ir para te resgatar?/Eu faço a cama com o travesseiro/debaixo das cobertas. Conforta-me a idéia/de que alguém está dormindo.//Preferes que o travesseiro/ fique por cima. Abominas a sensação/de que há algum morto em tua cama.//Reclamas do teu pai, como se ele tivesse/ condições de se inventar de novo./Desculpa, corto as palavras/ muito rente da pele,/assim como descascava maçã e levava com a faca/ uma lasca por vez em sua boca.//Tudo o que vivi foi rente à pele./Deixei de ser pai e virei a pensão da tua mãe./Não esqueço o dia em que o oficial de justiça/bateu à minha porta a cobrar/ o que já concedia naturalmente./No papel timbrado, teu nome contra o meu.//O nome que escolhi contra o meu./O nome que sonhei contra o meu./Fui teu primeiro réu, sem que tu soubesses.



Dá vontade de respirar fundo antes de fazer qualquer comentário. Os próprios versos, aliás, parecem ter uma respiração difícil, entrecortada, de quem mal conseguiria articular um discurso prolongado de viva voz. Na verdade, a seqüência de poemas deste livro constitui menos uma escrita lírica do que um texto dramático. Imagino essas falas no palco, quem sabe com novos poemas declamados pelos personagens que ficaram mudos neste livro; seria uma peça impressionante. Mas já o que se tem no livro é de uma verdade, de uma precisão nas imagens, e de uma força emocional (sem derramamento, mas também sem reticência ou hermetismo) incomuns na poesia contemporânea. (Marcelo Coelho - Folha de São Paulo)




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sábado, 28 de abril de 2007

Direito autoral e Lei Rouanet


A Lei do Direito Autoral e os vários aspectos que a envolvem têm sido foco para discussão. Que obras são protegidas pela lei? Que cuidados ter na utilização de conteúdos protegidos? Entre estes e outros temas serão discutidos no novo curso da Escola do Escritor, que acontece no dia 05/05 (sábado), das 9h às 13h, na sede da entidade (Rua Deputado Lacerda Franco, 165, Pinheiros - São Paulo). Os professores escalados para o curso são: João Scortecci, escritor, editor, gráfico e livreiro; e Maria Esther Mendes Perfetti, graduada em Biblioteconomia e pós-graduada em Gerência de Sistemas e Serviços de Informação. Inscrições no link pelo telefone 11-3813-8987. >> Leia mais






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O blog continua ....


O homem como agressor e vítima do meio ambiente

Os riscos estão em toda parte. Podem aparecer tanto na forma de processos naturais (terremotos, tsunamis, ciclones, alterações climáticas etc.) ou por conseqüências das atividades humanas (poluição, erosão, desertificação, aquecimento global, explosão, incêndio). Há riscos econômicos, geopolíticos, sociais, como a violência urbana. Em geral os fatores de riscos interagem e alguns pertencem simultaneamente a várias categorias e podem atingir tanto países pobres quanto ricos. O risco, porém, não é o acontecimento catastrófico propriamente dito e sim a percepção de uma potencialidade de crise, de acidente ou de catástrofe, Assim, a gestão dos riscos – ou seja, como prevenir e minimizar suas conseqüências – adquire uma enorme importância em todo o globo.

Para ilustrar os perigos que rondam o século XXI, a Editora Contexto acaba de lançar Os riscos – o homem como agressor e vítima do meio ambiente, organizado pela geógrafa francesa Yvette Veyret.

Os riscos – o homem como agressor e vítima do meio ambiente, uma leitura importante para ambientalistas, geógrafos, técnicos, fiscais, representantes da sociedade civil e políticos, leva-nos a dezenas de reflexões. Dos problemas naturais, industriais, econômicos/sociais, alimentares, e sanitários, encontrados em muitas dessas nações são indicadores de um desenvolvimento desigual e constituem, a esse título, uma grade de leitura particularmente útil para questionar a ação política em termos de gestão e de prevenção e dos comportamentos individuais.

sexta-feira, 27 de abril de 2007

533 obras inscritas no Prêmio Portugal Telecom


Pela primeira vez, autores e editores inscreveram suas obras para concorrer ao Prêmio Portugal Telecom de Literatura 2007 nas categorias romance, conto, poesia, crônica, dramaturgia e biografia. Até o ano passado, as obras eram definidas pela consultoria literária da Portugal Telecom. O resultado superou as expectativas dos organizadores: em pouco mais de um mês foram inscritas 533 obras, sendo que 382 preenchem os pré-requisitos do prêmio. Ontem (26/04) o Júri Inicial começou a votação que definirá os 50 primeiros finalistas. A lista dos livros concorrentes está no site do Prêmio. O Júri Inicial têm até o dia 25/05 para escolher as 50 obras que irão para a próxima fase.




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