sábado, 30 de junho de 2007

O que está faltando nos blogs brasileiros?


Deparei-me com este post. Vejam só que coisa interessante: não que me encontro só na blogosfera.



"A web brasileira é ruim por que faltam leitores. Na faculdade eu tive amigos que mal sabiam ler. Esse problema é geral. Nos blogs eu vejo pessoas fazerem perguntas que se elas tivessem lido o post a pergunta que elas postaram nos comentários não precisava ser feita. E depois reclamam copiosamente que os blogueiros não respondem comentários. O resultado é puro amadorismo, ignorância de coisas básicas e pedantismo. É um problema educacional. De todos os problemas o pior deles é o pedantismo, que é a representação daquele "garoto" pretensioso que corre os blogs exclusivamente para escrever coisas depreciativas, como se fosse um messias que tivesse o dever de mostrar o caminho da verdade que ele pensa saber. Quem não conhece uma dúzia deste tipo? "


Enquanto os leitores pensarem assim, os blogs vão seguir na mesma linha. Geralmente quanto mais profundo e reflexivo é um artigo escrito em português, menor é o poder de atração dele. As pessoas não querem e acham que não precisam "entender" tanto, elas só querem soluções paliativas. Quando alguém critica um site por ter textos grandes, é porque aquela pessoa se enquadra no livro do apóstolo Bruno da primeira carta aos Blogueiros (I Bruno, cap 02 verso 15): "não sereis leitores de títulos".


Agora chega aquela parte em que se você quiser e tiver lido todo este texto, deixar sua opinião sobre a blogosfera brasileira. Se você sempre quis discutir sobre este assunto, agora é o momento. Nem so de uma andorinha se faz um verão".



A discussão é excelente. O Henrique, meu xará, faz referência aos blogs de tecnologia (não é o nosso caso, pois quase nada entendemos de tecnologia), porém ele toca na falta de educação como grande parte do problema, como disse Leonardo num texto relacionado. Neste blog VerdesTrigos quase não se comenta, embora tenhamos uma audiência de aproximadamente 5.000/dia. Claro, recebemos vários comentários por email, que gentilmente respondemos na medida do possível. O melhor da blogosfera é a possibilidade do feedback instantâneo do leitor.



  1. O debate sobre blogs nacionais continua (MeioBit)

  2. É a maldita da cultura. (Tableless)




Technorati : , , , , , , ,

Por isso não provoque



Encerro o post adiantando pra vocês as palavras (surpreendentemente) emocionadas de Henrique Chagas, editor do Verdes Trigos, que escreveu a orelha do Hierosgamos quando ainda mal nos conhecíamos:
"Com despudorada narrativa erótica, da pele à cona, ela brinca com palavras de múltiplos sentidos, e nos desperta para o desejo de também construir uma vida de amor."
Tá certo, Henrique: é esta exatamente a minha desmesurada pretensão. Pelo menos pra mim, funcionou. Funcionou pra você e espero que funcione pra cada leitor que arriscar me ler, ainda que na contramão da crítica, ou da falta eloqüente dela. (leia o post da Noga)



''Saí da Microsoft para vender felicidade'' (John Wood)


O americano John Wood dá a receita que transformou sua instituição filantrópica em uma máquina de atrair recursos. Aclamada por organizações internacionais, a Room to Read defende que a saída para a filantropia é adotar princípios do capitalismo


John Wood é um atleta das finanças e está causando reboliço por administrar sua organização não-governamental Room to Read - que constrói escolas e bibliotecas em países subdesenvolvidos- como se ela fosse uma multinacional.
Ex-diretor de marketing da Microsoft, ele ainda se parece com o estrategista corporativo que conseguiu fortalecer os músculos da gigante americana de informática na Ásia, região que, em 2000, considerava a empresa uma vilã imperialista.
Foi assim até 2000, quando Wood decidiu pedir demissão e usar parte de sua poupança (ele diz que foram US$ 50 mil) para fundar a Room to Read, hoje presente em oito países (Nepal, Sri Lanka, Camboja, Vietnã, Índia, Laos, África do Sul e Zâmbia). Neste ano, ela deverá chegar à América Latina. Ao todo foram construídas 287 escolas, 3.540 bibliotecas com 1,3 milhão de livros e concedidas 2.336 bolsas de estudo.
Sua experiência virou um livro ("Saí da Microsoft para Mudar o Mundo") e pode ser adquirido nas principais livrarias brasileiras ou aqui. (JULIO WIZIACK - DA REPORTAGEM LOCAL)


Dica de blog #1: separated by a common language



"separated by a common language" (assim mesmo, só com letras minúsculas) é um blog em inglês criado em maio de 2006 por Lynneguist (M Lynne Murphy), lingüista americana que vive no Reino Unido e trabalha no Departamento de Lingüistica e Língua Inglesa da Universidade de Sussex.


O nome do blog é referência a uma frase de George Bernard Shaw, que disse:
England and America are two countries separated by a common language.


O blog tem por objetivo expor as diferenças entre o inglês americano e o inglês britânico (palavras, expressões, pronúncia, construções gramaticais), mas somente aquelas que não sejam automaticamente reconhecidas por falantes do inglês, nem amplamente discutidas em dicionários. A originalidade e ótima qualidade dos textos publicados, em estilo coloquial, fazem do blog uma parada obrigatória para tradutores, estudantes de inglês avançado e todas as pessoas que desejem se aperfeiçoar nas nuanças do idioma inglês. Vale a pena visitar: link aqui.




A DICA é do tradutor Fabio M. Said, que está entre os meus favoritos.